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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Caridade e amor

Amar o próximo como, eu amo a mim mesmo. Nisto se resume os ensinos de Cristo.
Quando estamos em nossas igrejas, sentados em nossas cadeiras, ouvindo a mensagem do domingo em um ótimo equipamento de som, ou, louvando juntamente com o grupo de louvor que até parece composto por anjos, de, tão bom que o louvor está sendo feito, é fácil dizer: "Eu amo o meu próximo". 
Mais quem é o meu próximo?
O irmão ou irmã da minha igreja, bem vestido, que usa um perfume bem cheiroso, quem senta ao meu lado na igreja é o meu próximo. Entretanto, é fácil amá-los.
Nesta última semana Deus me chamou atenção para o amor ao próximo, que este amor não deve ser reservado apenas aos meus irmãos de igreja (isso eu já sabia), porém, colocar em prática é o passo difícil de fazer.
Durante toda a semana passada, (segunda à sexta), percebi que um jovem (que eu conhecia) estava pela manha sentado em um banco da praça, passei falei, e, continuei meu trajeto até o trabalho. Quando fui para o almoço, ele estava no mesmo local, quando voltei, lá estava ele. No final do dia, quando já estava indo embora para casa, ele permanecia no mesmo local. Isso ocorreu durante toda  uma semana.
No domingo, fui ministrar em minha igreja, havia preparado uma mensagem, mas, na hora de falar, o Espírito Santo me levou a ministrar outra coisa. Falei sobre amor, caridade, comunhão. Naquele momento em que pregava, Deus me chamou atenção, e, me fez lembrar daquele jovem que passou toda semana dormindo no banco da praça. Ele me fez lembrar que determinado dia, devido o mal cheiro daquele jovem, pois fazia tempo que não tomava banho, passei um pouco distante dele. Ele me lembrou que em determinado dia, eu olhei para o outro lado para não ter perigo daquele jovem "puxar" assunto. Como pedi perdão.
Amar quem me ama, é fácil. Cuida de um jovem bem arrumado, cheirosinho é fácil. Abraçar o irmão depois do culto a noite, é fácil. Fazer uma visita aquele irmão que te chamou para um almoço de domingo na casa de praia dele, é fácil.
A palavra nos ensina que sem amor, ou, caridade, nada mais vale. 
Deus me levou a pensar que tipo de caridade e amor eu estava tendo com aquele jovem. Passei o domingo a noite orando, pedi perdão, e, pedi para que aquele jovem estivesse ainda vivo, e, se ele estivesse naquele banco da praça no outro dia, eu faria algo para Ele.
Quantas pessoas estão tão solitárias, desesperadas, sentindo-se abandonadas e rejeitadas que só encontram uma solução para vida. Tirá a própria vida. Fiquei pensando nisso, e, clamando à Deus para que aquele jovem não tivesse realizado uma loucura.
No outro dia, estava ansioso para chegar na praça, de longe fiquei olhando e fiquei "feliz" em vê-lo. Fui até ele, ele tomou um susto, acho que ficou assustado por que ninguém parava para sentar ao lado dele e conversar. Confesso que não foi fácil, havia um mal cheiro, as pessoas passavam olhando para mim, mas, estava decidido em fazer aquilo que era correto e necessário.
Após conversar com ele, convidei para ele ir tomar uma café da manha em minha casa (já eram 8:30, e, ele ainda não tinha comido nada). Quando levantamos do banco, e, começamos a caminha, uma jovem amiga minha vinha em nossa direção, e, mudou de lado ao olhar para o jovem, pois não queria passar perto. Entendo que ele havia ficado com medo, e, isso é normal.
Quando cheguei na casa da minha mãe, ele ficou um pouco assustada, pois  não conhecia o jovem, mas deu tudo certo. Liguei para algumas pessoas que conhecia e tentei conseguir um trabalho para aquele jovem.
Sei que não sou o "salvador da pátria", mas, na vida daquele jovem pretendo fazer a diferença. 
Quantas pessoas estão por ai precisando de uma ajuda, de alguém que dedique tempo para elas. Ocorre que não temos tempo para o nosso próximo, temos o tempo para tudo, menos para dedicar ao próximo.
Esta semana uma amiga vei me dizer que a mãe dela, membra de uma igreja, passou 46 dias acamada, e, ninguém foi fazer uma visita. Ninguém lembrou, ou, teve tempo para ir até ela. Está mesma jovem disse que havia ficado doente, acamada, e, até usando fraudas devido o problema, durante quase um mês, e, não houve qualquer pessoa que fosse fazer uma visita. 
Que tipo de amor é esse que dizermos ter? Que tipo de cuidado é esse que estão dedicando as pessoas? Ora, se não conseguimos tirar um tempo para visitar um irmão de nossa igreja, o que esperar que façamos para as pessoas nas ruas?
Pense nisso.
Samuel de Paula Cavalcante



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